TRABALHO COM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA: INVESTIGAÇÃO, DESCOBERTA E AÇÃO PEDAGÓGICA


Educação Especial, Inclusão Social
TRABALHO COM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA


O TRABALHO COM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA: INVESTIGAÇÃO, DESCOBERTA E AÇÃO PEDAGÓGICA
TRABALHO COM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
RELATÓRIO DESCRITIVO DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
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1. 1 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Senhores Diretores, Coordenadores Pedagógicos e Professores, Apresento o texto “O TRABALHO COM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA: INVESTIGAÇÃO, DESCOBERTA E AÇÃO PEDAGÓGICA” tendo sido finalizada a discussão e produção do texto em 30 de abril de 2011 em comemoração de um ano de criação do site IHA Informa. A Publicação no site IHA Informa se concretiza em 9 de dezembro de 2011 devido as revisões necessárias à divulgação da versão final do texto. Tenho enorme apreço pelo texto sobre a Deficiência Múltipla (DMU), pois tive participação ativa nos estudos da área específica de DMU e na colaboração deste artigo. A experiência que se consolida neste texto se refere a uma trajetória profissional de luta no atendimento às crianças, jovens e adultos com Deficiência Múltipla, em processos de escolarização que visam à inclusão social plena deste alunado. Tendo amparado estes alunos desde a itinerância domiciliar, levando-os a frequentar as classes especiais e, posteriormente, a chegada em classes comuns, verificamos um longo percurso já percorrido e ainda muito a ser feito. O texto sobre DMU permite aos professores uma investigação aprofundada e a proposição de ações pedagógicas éticas e responsáveis sempre visando a colaboração entre os profissionais da Educação Especial e do Ensino Regular. Somos TODOS coparticipantes em prol da melhoria da qualidade da Educação Pública e este desafio inclui uma atenção à diversidade humana e a construção de um sistema escolar inclusivo com Salas de Recursos e Centros Especializados voltados para as necessidades das pessoas com deficiência, transtornos, surdez e altas habilidades, como também as crianças e jovens hospitalizados. São TODAS estas condições que partilho com as Comunidades Escolares esperando destas o interesse, aprofundamento e respeito a essa clientela, sabedores de que a Educação Especial e o Instituto Municipal Helena Antipoff (IHA) estarão sempre trabalhando em prol da Formação dos Professores da Rede Pública de Ensino do Rio de Janeiro. Este texto está acompanhado de iniciativas de Formação Continuada e em Serviço apresentadas no site IHA Informa e que são oferecidas em forma de Cursos, Capacitações, Encontros e materiais postados para informação e estudo dos professores. Agradecemos a oportunidade e o envolvimento dos profissionais da Rede Municipal do Rio. Kátia Cristina Vieira Nunes da Silva Diretora do Instituto Municipal Helena Antipoff (IHA) Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro
2. 2 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação O TRABALHO COM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA: INVESTIGAÇÃO, DESCOBERTA E AÇÃO PEDAGÓGICA Ana Paula Alves Silva, IHA/SME-Rio Cláudia Alexandra Góes de Araújo, IHA/SME-Rio Cristiane Correia Taveira, IHA/SME-Rio Fatima Fernandes de Medeiros, IHA/SME-Rio Janaina Larrate, IHA/SME-Rio Sônia Cristina Gouvea, IHA/SME-Rio Vânia Francesca Oliva, IHA/SME-Rio Kátia Cristina Viera Nunes da Silva, Direção IHA/SME-Rio 1. Refletindo sobre o conceito de Deficiência Múltipla (DMU) Consideramos que a pessoa com deficiência múltipla é aquela que apresenta duas ou mais deficiências primárias associadas (intelectual, visual, auditiva, física). Esta associação pode acarretar diferenças no desenvolvimento global da pessoa, não se tratando de somatório de deficiências. Entendemos que o aluno com deficiência múltipla constitui-se de maneira diferente, singular, como qualquer ser humano. A deficiência múltipla sensorial ou surdocegueira é uma condição que causa impacto peculiar na apropriação do conhecimento pela pessoa surdocega. Ocorrem especificidades de comunicação e do acesso a informações de modo peculiar pelo surdocegos devido a perda dupla de dois canais de natureza sensorial. A surdocegueira tem peculiaridades, como por exemplo, da ordem das perdas sensoriais pelo indivíduo: 1) Na ocorrência da surdez mais tarde, ocorrendo primeiro a cegueira; 2) Na ocorrência de ficar cego/baixa visão mais tarde, após ter nascido surdo; 3) Ambas as perdas ocorridas, concomitantemente, quando bebê. A história de vida das pessoas com deficiência múltipla é de crucial interesse às estratégias pedagógicas a serem utilizadas o que demanda a compreensão da ordem e da intensidade das perdas sensoriais ao longo da vida da pessoa surdocega. Nascer surdocego traz possibilidades de adequações e de experiências sensoriais diferenciadas e as técnicas e orientações de ensino são eficientes, porém muito específicas para este grupo de pessoas.
3. 3 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Para saber mais sobre o assunto recomendamos a leitura do Fascículo 5 Surdocegueira e Deficiência Múltipla publicado pelo MEC, disponível no Catálogo de Publicações do Portal MEC e no site IHA Informa na Aba “Manuais/Fascículos” http://ihainforma.wordpress.com/manuais/fasciculos/ BOSCO, I. C. M. G.; MESQUITA, S. R. S. H.; MAIA, S. R. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: surdocegueira e deficiência múltipla. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará, v. 5, 2010. 2. O trabalho pedagógico com os alunos com Deficiência Múltipla (DMU): O que se espera? 2.1. Respeito à faixa etária dos alunos Os interesses (de vestir, de lazer, de brincar, de jogar) dos alunos precisam ser oferecidos dentro da faixa etária, mesmo quando há sérias diferenças nas respostas possíveis dadas pelos alunos DMU. A solução pedagógica estará nos modos de apresentação de objetos, das opções de escolha e das formas de comunicação com este aluno. 2.2. Foco nas habilidades dos alunos Faz-se necessário explorar o potencial de expressão de ideias e de emoções pelos alunos DMU. Para que isso ocorra, as atividades escolares deverão ser oferecidas respeitando a temática trabalhada com a turma, mas com adequações previamente preparadas e com a colaboração dos outros alunos da turma durante as atividades. O oferecimento de atividades escolares de forma padronizada muitas vezes não contempla estes sujeitos. É necessário que se tenha expectativas positivas quanto ao aluno. 3. O trabalho pedagógico com o aluno com Deficiência Múltipla (DMU). Por onde começar? As propostas educacionais voltadas para o aluno com deficiência múltipla devem levar em conta a flexibilização curricular necessária e as ajudas técnicas que favorecerão o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno. Entendemos por flexibilização curricular para o aluno DMU, o professor recorrer a uma adequação do currículo de forma mais intensificada, onde o foco não está nos
4. 4 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação resultados alcançados pelo aluno, mas na preparação de objetos, de recursos e da metodologia de ensino a ser oferecida. Por exemplo: Caso estejamos trabalhando com as características dos animais em uma turma de 1º ano de escolaridade com um aluno DMU, precisamos estar atentos a disponibilização de materiais que deem acesso ao currículo. Caso o aluno com deficiência múltipla tenha como característica uma paralisia cerebral, com necessidades de suporte para Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA), por dificuldades na comunicação oral (não faz uso de funcional da fala) e também necessidades de adaptação para escrita e pintura e associada a esta deficiência física, o aluno tenha a deficiência intelectual, vejamos o que foi proposto em aula:  O professor mostra figuras de animais para que os alunos possam manipulá-las.  As figuras são mostradas diretamente ao aluno pelo professor e os alunos aprendem como oferecer o material ao colega.  Na atividade que consiste em imitar os animais para que os alunos descubram (“Qual é o animal?”), os alunos falam e escrevem o nome dos animais e o colega que possui dificuldades na articulação da fala, conta com cartões (figuras de animais) para sinalizar a sua descoberta. Etiquetas (tiras de papel ou o computador) com os nomes dos animais já escritos e desenhos são oferecidas ao grupo de alunos que possui o aluno DMU para que ele possa participar da atividade de listagem das descobertas. Figura 1 Aluno seleciona figuras de animais e completa sílaba inicial.  As tiras de papel com nomes de animais podem estar coladas em pedaços de papelão ou em caixas de pasta de dente visando facilitar o manuseio da criança.
5. 5 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação  As fotos de animais de estimação de cada aluno podem ser apresentadas à turma e observado como que o aluno DMU dá respostas ao mostrar a foto de seu animal. O animal pode vir para a visita ao recreio da escola. Para esse planejamento de materiais e de adequações curriculares, é necessária a observação das necessidades do aluno. Para o levantamento dessas necessidades é importante que o professor observe e conheça o aluno em aspectos que dizem respeito a interações com a família, as experiências observadas com colegas de classe da escola e outros ambientes de trocas sociais. Este trabalho de levantamento de necessidades deve ser acrescido do estudo de caso pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) em parceria com o professor de turma. 3.1. Para atuação junto ao aluno DMU pode ser necessária a atuação de um estagiário que em relação a esta criança ou jovem poderá auxiliar na: a) Observação e apoio em atividades na sala de aula; b) Observação e apoio em atividades fora da sala de aula, dentro do espaço escolar (aulas de educação física, no pátio, atividades na sala de leitura e de informática, brincadeiras no recreio); c) Observação e apoio em eventos e passeios dentro do horário escolar sob a supervisão de professor regente e/ou coordenador pedagógico; d) Colaboração no planejamento, com a orientação do AEE e/ou professor de turma comum, e na execução de projetos que auxiliem o aluno em práticas escolares e na convivência com os colegas e professores. e) Produção de material de apoio pedagógico com orientação do AEE e/ou do professor de turma comum. 3.2. A orientação ao AEE e/ou professor de turma comum em relação ao trabalho de planejamento pedagógico voltado ao aluno DMU se refere aos seguintes passos: a) Observação e planejamento do posicionamento mais apropriado para o aluno na sala de aula (uso de mobiliário) e do acesso mais prático e funcional aos objetos e materiais da sala de aula e da escola, de forma a disponibilizá-los da forma mais atraente e ao alcance do aluno:  para que possa enxergar por meio de material ampliado;  explorar por via tátil;  pegar objetos com diversas texturas e/ou dimensões que facilitem seus movimentos e o acesso a estes.
6. 6 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Figura 2 Aluna Utiliza mesa adaptada, notebook e caixa com dimensões que facilitam apreensão. Para saber mais sobre o assunto recomendamos a leitura do Fascículo 7 Orientação e Mobilidade, Adequação Postural e Acessibilidade Espacial publicado pelo MEC, disponível no Catálogo de Publicações do Portal MEC e no site IHA Informa na Aba “Manuais/Fascículos” <http://ihainforma.wordpress.com/manuais/fasciculos/> GIACOMINI, L.; SARTORETTO, M. L.; BERSCH, R. C. R. Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: Orientação e mobilidade, adequação postural e acessibilidade espacial. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará, v. 7, 2010. b) Observação e planejamento de metodologia apropriada de comunicação por meio de estímulo constante à expressão de desejos e opiniões do aluno. Devido as dificuldades de parte destes alunos no uso funcional da fala e das oportunidades de escolha restritas oferecidas pelos adultos, para que as manifestações do aluno DMU sejam possíveis de serem expressadas e compreendidas, há os impeditivos de comunicação. É necessário construir modos de comunicação apropriados a cada caso, alguns destes:  por meio do apontar imagens que expressam a rotina da sala de aula;  por meio de prancha de comunicação individual com o uso de símbolos;
7. 7 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação  por meio do uso de computador e até de recursos mais simples, como o de combinar “o sorriso” para o “sim” e o balançar a cabeça ou as mãos para o “não”. Para saber mais sobre o assunto recomendamos a leitura do Fascículo 6 Recursos Pedagógicos Acessíveis e Comunicação Aumentativa e Alternativa publicado pelo MEC, disponível no Catálogo de Publicações do Portal MEC e no site IHA Informa na Aba “Manuais/Fascículos” <http://ihainforma.wordpress.com/manuais/fasciculos/> GIACOMINI, L.; SARTORETTO, M. L.; BERSCH, R. C. R. SARTORETTO, M. L.; BERSCH, R. C. R. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: recursos pedagógicos acessíveis e comunicação aumentativa e alternativa. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará, v. 6, 2010. c) Observação e planejamento de situações funcionais da vida diária (utilização da mochila, do banheiro, do bebedor, do refeitório) procurando proporcionar estratégias, recursos e uma rotina que privilegie o desenvolvimento das interações com os pares e dos cuidados pessoais e coletivos. Quanto maior o estabelecimento da interação com as atividades práticas dentro dos ambientes naturais em que estas ocorram, facilitará para o aluno poder generalizar os conceitos aprendidos no uso real ou aproximado das experiências do dia a dia:  o uso do jardim ou da horta da escola;  o uso de objetos reais ou próximos ao que esteja sendo retratado no livro;  a criação de um glossário com fotos e/ou figuras e palavras dos assuntos trabalhados;  passeios e visita nos arredores do bairro. Para Saber mais “sobre o Ambiente de Aprendizagem” Tópicos Importantes:  É necessário criar uma verdadeira experiência de aprendizagem – ou seja, um ambiente que convide às respostas.  É necessário ensinar habilidades funcionais, temos que lembrar:  “Para que é que a criança ou jovem precisa aprender isso?”  “É relevante para a sua vida futura?”  Lembrar que habilidades funcionais devem ser ensinadas em contextos naturais onde ocorrem [ou com experiências as mais aproximadas possíveis]  Proporcionar experiências que permitam à criança ter sucesso (Atividades adequadas as suas capacidades de interesses).  Usar objetos reais para compreender conceitos básicos baseados em fatos reais.  Proporcionar experiências em quantidade suficiente – (...) MAIA, S. R.; GIACOMINI, S. R. M. & ARÁOZ, S. M. M. Desenvolvimento da aprendizagem em crianças com deficiência múltipla sensorial. In: COSTA, Maria da Piedade Resende da (org.). Múltipla deficiência: Pesquisa & Intervenção. São Carlos: Pedro & João Editores, 2009 (p. 49 - 64).
8. 8 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Para construir um planejamento que contemple o aluno com DMU é necessária a observação atenta desse aluno. 4. O que é necessário observar? 4.1. O contexto sociocultural do aluno Por meio da entrevista e de conversas com os responsáveis e/ou reuniões de pais, criam-se condições favoráveis para se estabelecer uma relação de confiança com a família e a ponderar/perguntar dados relevantes sobre a rotina, as preferências e as formas de comunicação da criança ou do adolescente. Estes dados visam contribuir com o desenvolvimento do trabalho pedagógico em sala de aula. Através do diálogo com a família, informações importantes devem ser levantadas e estas serão fundamentais para estabelecer um trabalho de Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) quando o aluno não fala ou se expressa oralmente com dificuldade. Dados a serem levantados: Com quem convive na família e na comunidade. Quais as atividades que o aluno desenvolve com estas pessoas? O aluno expressa algo sobre estas pessoas? Fica feliz ao vê-las? Recorre a elas para solicitar ajuda ou para dialogar? Como é a comunicação entre o aluno e as pessoas com as quais convive? Figura 3 Construção de narrativa sobre foto escolhida pela própria aluna.
9. 9 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Preferências em relação a alimentação, brincadeiras e jogos, música, programas de TV, rádio, oportunidades de lazer e os usos do computador e da internet. É importante fazer uma lista ou produzir um texto (a ser lido para o aluno para que se observem as reações e confirmações) sobre os gostos e as atividades de rotina da criança ou do adolescente, principalmente, se o aluno necessitar da construção de uma prancha de Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA). O uso de Tecnologia Assistiva, como por exemplo, o uso de programas de CAA que envolvem a seleção de figuras/pictogramas com as quais o aluno sinalizará as suas necessidades por meio dessas imagens selecionadas, parte das pistas sobre rotina, preferências e as formas de comunicação combinadas com o aluno. Figura 4 Cartões pictográficos para atividade de narrativa e descrição da fotografia.
10. 10 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Figura 5 Cartões pictográficos para atividade de narrativa e descrição da fotografia. Dados sobre a alimentação Quais os alimentos que o aluno está habituado a comer? Quais as necessidades apontadas pelos profissionais da saúde no oferecimento de alimentos (ampliar o oferecimento de alimentos sólidos, retirada da mamadeira)? Há restrições alimentares? Uso de alimentação por sonda gástrica (trazida pela família e manuseada pela mesma em horário a ser definido)? Sabemos que na faixa etária, da Educação Infantil, os pais do aluno que apresenta dificuldades na mastigação, possuem receio quanto ao oferecimento de alimentos sólidos, no entanto, para a melhora da mastigação e o desenvolvimento da fala, a alimentação oferecida nas escolas é favorável para os alunos. Qualquer restrição alimentar ou dificuldade de deglutição (que é diferente da dificuldade de mastigar, pois na dificuldade de deglutição há uma dificuldade de engolir que pode acarretar engasgar) deve ser orientada por relatório médico que aponte as indicações ou restrições. Estrutura da rotina O que é importante perguntar para a família pode estar inserido em algumas das seguintes questões: Como o aluno sinaliza que deseja ir ao banheiro? (a família pode estar construindo uma estratégia de desfralde que precisa ser combinada entre família e escola) Como o aluno mostra que deseja beber água? (a família pode aceitar uma palavra ou sinal que precisa ser de conhecimento da escola) Com que frequência (e horários) que o aluno costuma sentir necessidade de beber água ou de evacuar? (a família pode ter o hábito de levar a criança para evacuar após um determinado horário e pode precisar oferecer água em determinados momentos devido a ausência de fala ou de sinalização da criança). Quais os familiares (ou pessoas autorizadas) a buscar e trazê-lo na escola (fotos das pessoas com os nomes são importantes para cartões de sinalização que promovem o diálogo com a criança).
11. 11 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Figura 6 Cartões com símbolos pictográficos separados por categoria “pessoas”. Aprofundar dados sobre a Comunicação utilizada - Mais uma vez a importância de procurarmos dicas e/ou pistas para alavancar a comunicação da criança ou do adolescente com deficiência múltipla. Questiona-se: Como a criança ou o adolescente recebe as informações e como as expressa? Se este aluno utiliza o próprio corpo (aponta com a mão ou com o pé, sorri para mostrar que “sim” ou franze a testa e/ou vira o rosto para dizer que “não”, se usa piscadelas), a linguagem oral (fala, fala com alguma dificuldade na articulação das palavras, mas se faz entender ou precisa de apoio de imagens ou uso de computador ou de um vocalizador). Figura 7 Vocalizador / Aparelho Voice Pod.
12. 12 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Figura 8 Aluna utilizando aparelho Voice Pod para comunicação com colega. Figura 9 Comunicação entre a professora e a aluna utilizando cartões pictográficos. Necessário ter conhecimento de mais algumas informações sobre a comunicação utilizada: Quais “os combinados” que ocorrem em casa e que podem ser transpostos para a escola (a família pode ter por hábito mostrar opções para a criança ou o adolescente por meio de sinais, fotos, palavras ou acordos que desconhecemos na escola); Quais os objetos que a criança identifica como sinalizações de rotinas e horários? (a família pode ter o hábito de mostrar uma escova de dentes verde após as refeições e essa mesma cor ou tipo de escova poderá ser utilizada na escola e em fotos/desenhos que sinalizem o momento da escovação de dentes; isso serve para copo e outros objetos de uso diário).
13. 13 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Figura 10 Comunicação entre a professora e o aluno utilizando prancha com pictogramas e objetos reais. O aprimoramento de um código de comunicação com a pessoa com deficiência múltipla se dá com o ingresso do aluno na escola. Os familiares podem ter criado algumas das pistas básicas de entendimento sobre as necessidades e os desejos dessa criança ou jovem, mas estas pistas não garantem a possibilidade de um diálogo com pessoas que não sejam do círculo de relações mais próximas a pessoa com deficiência múltipla. Também pode ocorrer da família ter preocupação em suprir necessidades básicas (sede, fome, troca de fraldas), mas não conseguir definir um código de comunicação com o uso de sinalizações claras para o que seja o “sim” e o “não” e de oferecer oportunidades de sinalização por meio de figuras, fotos ou símbolos para ampliação do que essa pessoa deseja expressar em vários ambientes e locais. Figura 11 Aluno apontando a foto do que gosta mais de beber na prancha apoiada em plano inclinado.
14. 14 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Figura 12 Cartões com fotos de encartes, rótulos e pictogramas para experimentação com aluno. Este esforço de se criar um código de comunicação precisa também contar com o apoio e a parceria dos profissionais da saúde (terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudióloga dentre outros). Para saber mais sobre o passo a passo para o uso da CAA, indicamos a leitura do texto de orientação sobre deficiência física (nas páginas 13 a 31) da Coletânea de Textos publicados no site IHA Informa, agora revisados e em formato de livro disponível no site [http/www.ihainforma.wordpress.com] Atendimentos clínicos realizados e atividades extracurriculares Em relação aos atendimentos se faz necessário saber se um Terapeuta Ocupacional (TO) fez a introdução do uso de CAA com o aluno, porque o banco de imagens (símbolos ou figuras) ou fotos (da rotina) e objetos utilizados (reálias) e/ou a prancha de CAA que foi construída pela TO, e que precisa ser utilizada em casa e em outros espaços, precisará ser ampliada e apropriada para o uso na escola. O intuito de parceria se dará em relação a trocas de experiência que incidam sobre o desenvolvimento de habilidades, sejam em aspectos da socialização (questões pertinentes a compreensão quanto a variedade e a aceitação de comportamentos do aluno) ou da escolarização (questões pertinentes a alavancar atividades que contribuam com habilidades de vida diária, habilidades para empregabilidade e aprendizagem escolar).
15. 15 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Outras formas de comunicar-se, por exemplo, se for um aluno surdo, necessário saber se o aluno faz uso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Para saber mais sobre o uso da LIBRAS e o ensino da Língua Portuguesa para o aluno surdo, indicamos a leitura do texto de orientação sobre surdez disponível no site IHA informa [http/www.ihainforma.wordpress.com] 4.2. Observação do aluno na sala de aula. O que procuramos identificar?  O que o aluno realiza com autonomia. Necessário considerar que o aluno não precisa ser testado a fazer atividades ou ações sem ajuda. A autonomia não se refere a estar só, se virar sozinho. Um aluno com deficiência física (usuário de cadeira de rodas) e cego desenvolverá uma série de habilidades, mas para isso precisa da ajuda do outro e de adequações nos materiais a serem utilizados.  O que consegue realizar com ajuda? Qual o tipo de ajuda necessária? Necessário identificar as seguintes situações: O que o aluno pode fazer com o apoio de um adulto (professor de classe comum, professor de AEE ou estagiário)? O que o aluno pode fazer com auxílio dos colegas de turma? O que o aluno pode fazer com instruções iniciais do professor e o uso de tecnologia assistiva (uso de computador, equipamento para adaptação do uso do lápis para a escrita) ou de adequações de materiais disponíveis na sala de aula (uso de letras móveis, atividades em múltipla-escolha)?
16. 16 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Figura 13 Aluna utiliza teclado adaptado com letras ampliadas. Para saber mais sobre dados a serem levantados para Avaliação Pedagógica de Letramento e Conhecimento Matemático dos anos iniciais, utilizada pelo Laboratório de Tecnologia Assistiva do IHA, verifique o Anexo I.  Quais os aspectos que facilitam na realização das atividades: Necessário orientar alunos para realizarem o auxílio e a colaboração como monitores; Providenciar materiais para uso do aluno (os profissionais da escola podem auxiliar no oferecimento ou troca de mobiliário para o aluno); Professores que auxiliem no recorte de palavras e de figuras a serem utilizadas, semanalmente, pelo aluno; Solicitar aos familiares e alunos que tragam caixas de tamanhos variados para colagem de palavras e letras caso o aluno tenha dificuldade de manusear as folhas; Elaboração de adaptações/adequações de mobiliário ou o uso de equipamentos adaptativos (para escrita, para a comunicação oral e/ou sinalizada) pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE); Visita da Equipe Técnica Especializada do IHA.
17. 17 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Figura 14 Mobiliário adaptado para cadeira de rodas. Figura 15 Cadeira da escola com apoio de pés e adaptação no assento. 4.3. Trocar experiências sobre o fazer pedagógico – O que discutir com a equipe técnica e professores especializados? Todos os dados levantados sobre o contexto sociocultural do aluno e sobre a observação do aluno na sala de aula são a base de planejamento para o aluno DMU e esses dados precisam ser discutidos com os diversos segmentos da escola (Direção, Coordenação Pedagógica e demais professores e funcionários). No entanto, dúvidas maiores podem surgir e podem ser discutidas com o Atendimento Educacional Especializado (AEE), com os Agentes de Educação Especial da CRE e a Equipe de Acompanhamento do IHA.  Definir sobre modificações arquitetônicas e de acessibilidade na escola.


18. 18 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Para saber mais sobre acessibilidade faça o download do Manual de Acessibilidade Espacial para Escolas desenvolvido pelo MEC, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, com o objetivo de subsidiar a implementação de uma política pública de promoção da acessibilidade em todas as escolas, conforme preconiza o Decreto-lei nº 5.296/2004. Aba “Manuais” do site: <http://ihainforma.wordpress.com/manuais/>  Refletir sobre o ingresso do aluno na unidade escolar e as modificações que precisam ser realizadas para atender ao aluno em relação ao acesso ao Currículo (no âmbito do Projeto Político Pedagógico, das metodologias, das atividades em sala de aula, dos modelos de avaliação, dos apoios pedagógicos, da adequação do espaço físico, dos materiais pedagógicos adequados, dos sistemas alternativos e ampliados de comunicação) o que pode ser auxiliado pelo Estudo de Caso do aluno. Para saber mais sobre o Estudo de Caso, o professor poderá se basear na investigação necessárias às providências que precisarão ser tomadas para melhor atender o aluno da Educação Especial em Turma Comum como utilizado pelo AEE e que se encontram na Aba “Documentos”. Indicamos a leitura do Texto 6 com os modelos de Documentos e a Proposição de Estudo de Caso utilizada pelo AEE, da página 103 a 124, da Coletânea de Textos publicados no site IHA Informa. <http/www.ihainforma.wordpress.com>  Ouvir, trocar informações sobre o Estudo de Caso e solicitar orientações sobre as adequações necessárias, do Professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Na ausência do profissional de AEE, as orientações iniciais podem ser realizadas pela Equipe de Acompanhamento do IHA/SME e/ou dos Agentes de Educação Especial CRE.  Entrar em contato com o Agente de Educação Especial (CRE) por meio de Relatório de Observação Pedagógica (inicial) sobre o aluno quando necessária solicitação de apoios (de estagiário) e de encaminhamento para o AEE.
19. 19 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação  Entrar em contato com os profissionais responsáveis pelo atendimento clínico e/ou extraescolar. Além disso, os nomes dos profissionais e os telefones/endereços de Psicólogos, Psiquiatras, Neurologistas, Fonoaudiólogos, Professores de Dança, de Natação, Musicoterapeutas dentre outros profissionais podem compor a Equipe da Saúde e de Atividades Extracurriculares com as quais o Coordenador Pedagógico e a Direção da escola podem entrar em contato, sob orientação e/ou em parceria com o AEE e a Equipe de Acompanhamento da Educação Especial do IHA, para discussão de dúvidas e de orientações ao que implique em questões de finalidade pedagógica e da rotina escolar. 5. Observar e Avaliar as habilidades do aluno frente aos aspectos do desenvolvimento e da aprendizagem com finalidade pedagógica. Como fazer observações em parceria de outros profissionais da U.E. e em que situações elas são úteis? É importante destacar que a avaliação das habilidades do aluno e o planejamento de ações devem ser realizados assumindo um caráter pedagógico. Ou seja, devem ser realizados durante o desenvolvimento das atividades propostas para a turma onde está inserido o aluno DMU e abranger todo o espaço escolar e profissionais presentes neste espaço. Os auxílios e anotações/registros em parceria de outros profissionais da U.E são apenas sugestões visando mobilizar diversos atores na escola, no auxílio à observação do aluno e ao planejamento dirigido a este. A continuidade de registros periódicos sobre o aluno está a serviço do planejamento e da implementação de ações voltadas ao aluno DMU podem ser resumidas nos seguintes tópicos: 5.1. Anote/registre alguns dos aspectos sobre o desenvolvimento motor:  Possui controle de cabeça?  Tenta se levantar quando deitado?  Senta com autonomia? Com apoio? De que maneira?  Pega objetos?  Segura objetos? De que maneira?  Leva a mão à boca?  Tenta pegar objetos ao alcance de sua vista? Essas anotações serão úteis para submeter ao AEE para, por exemplo, pensar a adaptação de mobiliário e a adaptação de materiais para escrita. Para saber mais sobre dados a serem levantados para Avaliação do Uso do Computador, utilizada pelo Laboratório de Tecnologia Assistiva do IHA, verifique o Anexo III.
20. 20 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação 5. 2. Anote/registre alguns dos aspectos de locomoção do aluno na escola:  Anda com autonomia? Com ajuda de outras pessoas?  Faz uso do andador? De muletas?  Utiliza cadeiras de rodas?  Desloca-se “tocando” a Cadeira de rodas? Necessita ser guiado?  Quais os obstáculos encontrados? (piso desnivelado, derrapante, escadas dificultando o deslocamento, ausência de corrimão, banheiro inacessível, portas estreitas, etc) Essas anotações serão úteis para, por exemplo, para tornar a sala de aula e outros espaços da escola mais acessíveis. O manual de Acessibilidade já citado, é de suma importância para as escolas. 5. 3. Anote/registre alguns dos aspectos de posicionamento [ou posturação] do aluno na escola:  A cadeira de rodas está adequada às suas necessidades posturais? Quanto tempo de aquisição da cadeira de rodas?  Tem possibilidade de usar o mobiliário escolar?  Quando sentado na cadeira do mobiliário consegue apoiar os pés no chão?  Alcança a mesa escolar?  Consegue visualizar, quando sentado, os materiais pedagógicos?  Consegue manipular os materiais? Figura 16 Laboratório de Tecnologia Assistiva experimenta plano inclinado e peças com velcro. Essas anotações serão úteis para apontar informações aos profissionais da saúde e da educação para, por exemplo, adaptação da escrita, adaptação dos materiais escolares e aquisição de cadeira de rodas.
21. 21 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação 5. 4. Anote/registre alguns dos aspectos sobre a condição visual do aluno na escola:  Apresenta reação a luz?  Move a cabeça e/ou olhos para seguir luzes, objetos e pessoas?  Segue visualmente os objetos?  Em que distância reconhece a mãe ou uma pessoa conhecida (um colega, um parente) numa situação inesperada e desconhecida?  Como o aluno examina objetos? Essas anotações serão úteis para apontar necessidades de localização da carteira do aluno, da iluminação do ambiente, da ampliação das letras usadas nos textos para o aluno e na produção de plano inclinado, pelo AEE, para a apresentação dos materiais. Estes dados podem auxiliar os profissionais da saúde na investigação clínica e oftalmológica. Figura 17 Pictogramas do Programa Boardmaker usados para narrativa de passeios pela aluna com paralisia cerebral e baixa visão. 5. 5. Anote/registre alguns dos aspectos sobre a audição do aluno na escola:  Reage aos sons de instrumentos musicais? De ruídos do ambiente? Da fala?  A que distância consegue perceber os sons?  De que lado (ouvido direito e/ou esquerdo) demonstra perceber os sons?
22. 22 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Figura 18 O aluno fixou “X” emborrachado em pasta de atividades com plásticos (para inserir atividades de múltipla escolha), selecionando as respostas corretas de acordo com a música. Essas anotações serão úteis para apontar necessidades do uso de instrumentos musicais, de musicalidade para histórias e brincadeiras, da ampliação dos sons da voz dos professores com o aluno. Estes dados podem auxiliar os profissionais da saúde na investigação clínica e audiológica. 5. 6. Anote/registre alguns dos aspectos sobre a comunicação do aluno na escola: Compreensão  Compreende solicitações (ordens simples)?  Necessita de auxílio complementar para compreender os enunciados verbais? (auxílio complementar por meio de gestos, imagens representativas, Linguagem de Sinais, outros) Expressão  Fala? (frases? palavras?)  Tem interesse em comunicar-se?  Realiza escolhas? (como?) 1. Sorriso / Choro 2. Olhar / Expressão Facial / Expressão Corporal 3. Apontar / Gestos 4. Sons / Vocalizações / Entonação de Voz 5. Balbucio/ Silêncio  Expressa agrados e desagrados  Persiste na tentativa de se comunicar quando não compreendido?  Identifica objetos? Fotografias? Figuras? Símbolos? Letras? Palavras?
23. 23 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Para saber mais sobre dados a serem levantados para Avaliação do Uso de CAA utilizada pelo Laboratório de Tecnologia Assistiva do IHA, verifique no Anexo IV 6. Reflexões teóricas essenciais ao planejamento Algumas reflexões teóricas são essenciais quando planejamos o trabalho a ser desenvolvido com o aluno com deficiência múltipla. Sem dúvida, o desenvolvimento da comunicação e da linguagem deve ser priorizado, deste modo, a importância de escutar os diferentes profissionais da escola e os profissionais externos a escola (terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo etc) para observar e alavancar os usos da comunicação pelo aluno DMU é importante, mas esta escuta sobre o desenvolvimento da criança não é o único foco do trabalho. No processo de ensino-aprendizagem compreendemos que o professor seja um intermediário mais experiente, que auxiliará o aluno a lidar e interpretar instrumentos (natureza concreta) e signos (natureza simbólica). O professor deve propiciar o diálogo entre a criança e o seu mundo, ser intérprete e tradutor desse mundo para que, aos poucos, este aluno com deficiência múltipla esteja habilitado ao diálogo e a apropriação de instrumentos e de signos, da maneira o mais independente possível. Do mesmo modo que o professor contribui para que os alunos, colegas de turma e da escola, se apropriem das formas de compreensão e de expressão, da comunicação, do aluno DMU. Algumas crianças e jovens com DMU, chegam até a escola sem conseguirem estabelecer um código de comunicação que possibilite trocas sociais efetivas. É comum o relato de professores preocupados com o fato de alguns alunos não apresentarem intenção comunicativa, demonstrando a necessidade de um trabalho que tenha como foco o desenvolvimento desta comunicação e da interação social. Como sinalizado, ao longo desse texto de orientação, são as necessidades do aluno que deverão apontar os caminhos a serem trilhados. Ao considerar que o processo de aquisição do conhecimento tem como base as interações entre sujeitos, TODOS assumem a responsabilidade e o compromisso de oportunizar o desenvolvimento, pelo aluno, de níveis de comunicação cada vez mais elaborados. Nesta perspectiva, vale ressaltar que cada aluno irá se desenvolver de acordo com as suas possibilidades. Porém, para que novas zonas de desenvolvimento sejam abertas é necessária uma mediação efetiva e condizente com o que se deseja oportunizar e alcançar, sempre dentro dos interesses e de acordo com as necessidades apontadas pelo próprio aluno e sua família. É importante ressaltar que alguns alunos não conseguem desenvolver a linguagem oral e que esta não é a única forma de comunicação. Para esses alunos, é necessário o ensino de formas alternativas de comunicação e de metodologia de ensino como já indicado ao longo do texto. Para saber mais... Segundo Vygotsky (1989), a necessidade de comunicação impulsiona o desenvolvimento da linguagem. Vygotsky aponta como funções básicas da comunicação, o intercâmbio social e o pensamento generalizante. O intercâmbio social é uma função bem visível no bebê – ele expressa suas necessidades através de atos comunicativos, sem intenção de comunicação. Gradativamente, o adulto vai significando esses atos havendo, então, uma passagem da comunicação pré-intencional para intencional. Para que haja compreensão das idéias, dos sentimentos, das
24. 24 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação vontades, do pensamento de forma precisa, é necessário que o mundo seja interpretado através de signos construídos socialmente. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo. Martins Fontes, 1989. Por meio do intercâmbio social e pela visão de mundo (pensamento generalizante) que construímos, na convivência e nas trocas de comunicação, e que nomeamos, classificamos, e, por conseguinte, generalizamos situações. A língua é o principal instrumento de representação simbólica e a linguagem é organizadora do pensamento. O uso da língua permite a construção de conceitos e no caso do aluno DMU o planejamento das atividades precisam considerar o máximo de oportunidades de interação e de experiências que alavanquem o desenvolvimento. Em resumo, formulam-se objetivos e estratégias que considerem:  A ampliação do nível de compreensão simbólica para abrir novas zonas de desenvolvimento;  A observação do nível de compreensão simbólica ao selecionar os materiais a serem oferecidos ao aluno (objetos, fotografias, figuras, desenhos, símbolos) sempre provocando maiores desafios;  Atenção à faixa etária do aluno, propondo atividades do interesse de seu grupo;  A oportunidade de formar uma ideia do mundo que o rodeia. Ser intérprete e tradutor desse mundo com auxílio do outro, sempre que necessário;  A organização desse mundo, através da percepção e compreensão dos lugares do tempo e das pessoas;  A organização do comportamento, das sensações e das expressões, atribuindo significado as suas ações. A atenção para discernir ou antecipar a intenção do aluno, compartilhar/explicitar essa intenção, e ensinar modos de comunicação mais explícitos sempre que necessário;  O uso do canal perceptivo mais utilizado pelo aluno sem, contudo deixar de estimular as áreas onde o aluno demonstra maior dificuldade perceptiva;  A necessidade de completar atividades dentro das possibilidades de tempo (de conclusão da atividade) e com possibilidades de sucesso;  O estabelecimento de uma rotina de atividades;  A necessidade de planejar as atividades com antecedência a fim de facilitar a organização e confecção de materiais de apoio como pranchas de comunicação, objetos/símbolos de referência. O aluno com deficiência múltipla faz parte de um grupamento da escola. Os objetivos traçados e as estratégias desenvolvidas devem ser compartilhados com a família, que é chave importante desse processo de educação. A oportunidade de troca de idéias propicia a reflexão sobre a criança ou o jovem DMU e possibilita a transformação do contexto sociofamiliar, assim como do contexto escolar como um TODO, isso significa que a reponsabilidade de auxiliar na educação de um aluno DMU é oportunidade de aprendizado vivenciado por TODOS. A responsabilidade pelo desenvolvimento da
25. 25 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação educação desse aluno não é exclusiva do professor da turma, nem o professor da educação especial é o único a responder pelo desenvolvimento do mesmo. 7. Mapas Conceituais Os mapas conceituais a seguir constam da publicação “A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: Surdocegueira e Deficiência Múltipla” (2010), fascículo 5, disponíveis para download no site do MEC e na Aba “Manuais” do site IHA Informa: <http://ihainforma.wordpress.com/manuais/fasciculos/> Os mapas conceituais são úteis para a visualização, organização e planificação de metas e propostas de médio prazo para concretização de adequações ao currículo para alunos com deficiência múltipla. Os mapas a seguir são sugestões para a parceria e o planejamento pedagógico entre o professor de turma comum e do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Este texto de orientação da prática pedagógica voltada ao aluno DMU está sendo finalizado pela ênfase dada na investigação, na descoberta e na necessidade do registro de estratégias para a ação pedagógica. Vejam a seguir algumas escolhas para construção de mapas conceituais e planejamento de ações pedagógicas para a turma e aluno. Mapa conceitual número 1 - Determinando Prioridades Iniciais Trata-se de um mapa conceitual cujo objetivo é auxiliar o professor a determinar as prioridades iniciais do aluno com deficiência múltipla ou com surdocegueira. Esse mapa conceitual no modelo de uma teia auxilia o professor do AEE e da sala comum a refletirem a partir do registro da situação de aprendizagem a ser oferecida na parte central. Refletirem por meio dos questionamentos que estão orbitando em torno do quadro central (comunicação, locais, adequações existentes ou recursos acessíveis necessários, participação do aluno na atividade, detalhando o que ele faz da atividade e como faz, descrição da rotina da situação de aprendizagem, pessoas envolvidas na situação e estratégias utilizadas pelo professor da sala comum e o professor do atendimento educacional especializado).
26. 26 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação
27. 27 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Mapa Conceitual número 2 - Fatores a serem considerados na inclusão de alunos com surdocegueira e deficiência múltipla. Este fluxograma tem como objetivo auxiliar o professor da sala comum e o do AEE no levantamento dos fatores a serem considerados no processo de inclusão do aluno com deficiência múltipla ou com surdocegueira. Informações essas que serão dispostas na parte central do esquema, seguido do preenchimento das informações dos quadros que estão orbitando a informação central que dizem respeito, respectivamente, às informações oferecidas pelo Plano do AEE, aos Conteúdos Curriculares, aos Recursos necessários, ao levantamento das Preferências tanto da família como dos alunos, à proposta no Projeto Político Pedagógico e ao levantamento das Competências e Atitudes que cabem a cada um dos envolvidos no processo educacional.
28. 28 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Mapa conceitual número 3 - Conteúdos a serem desenvolvidos: reflexão para o professor. Esse mapa conceitual está disposto no formato de uma teia. Ele visa a auxiliar o professor da sala comum e do AEE a refletirem sobre qual a abrangência dos conteúdos envolvidos na situação de aprendizagem nas áreas de: Linguagem, Orientação e Mobilidade, Matemática, AVA, Psicomotricidade.
29. 29 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Mapa conceitual número 4 - Competências esperadas do aluno na situação de aprendizagem. Esse mapa conceitual está disposto no formato de uma teia, ele visa auxiliar o professor da sala comum e do AEE a organizar e a planejar o desenvolvimento das competências do aluno, na situação de aprendizagem de oficina, por exemplo.
30. 30 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Mapa conceitual número 5 - Sacolas de Ideias É um mapa conceitual no modelo de uma sacola que tem bolsos os quais trazem sugestões para que o professor da sala comum, envolvido com a inclusão de alunos com deficiência múltipla ou com surdocegueira na sua sala de aula, possa analisar e levantar a proposta de situação de aprendizagem oferecida a todos os alunos que estão frequentando a sala de aula caso seja necessário, e as adequações que deverão ser realizadas para garantirmos a participação de todos. Dessa maneira, o fluxograma desenhado parte do registro da proposta que será oferecida, seguido de uma série de questionamentos que auxiliaram na reflexão do professor quanto à proposta oferecida.
31. 31 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Mapa conceitual número 6 - Observação de Situação de aprendizagem. Esse mapa conceitual no modelo de uma teia auxilia o professor do AEE e da sala comum a refletirem a partir do registro da situação de aprendizagem a ser oferecida na parte central. Refletirem por meio dos questionamentos que estão orbitando em torno do quadro central (comunicação, locais, adequações existentes ou recursos acessíveis necessários, participação do aluno na atividade, detalhando o que ele faz da atividade e como faz, descrição da rotina da situação de aprendizagem, pessoas envolvidas na situação e estratégias utilizadas pelo professor da sala comum e o professor do atendimento educacional especializado).
32. 32 http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação Referências de estudo ARÁOZ, S. M. M. de & COSTA, M. da P. R. da. Isolamento ou trabalho em redes? Como beneficiar a inclusão de alunos com deficiência múltipla, Cap. 20, Parte VIII Inclusão escolar e deficiência múltipla. In: MENDES, E. G. & ALMEIDA, M. A. (org.) Das margens ao centro: perspectivas para as políticas e práticas educacionais no contexto da educação especial inclusiva. Araraquara, SP: Junqueira&Marin, 2010, (p. 253 – p. 258). BOSCO, I. C. M. G.; MESQUITA, S. R. S. H.; MAIA, S. R. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: surdocegueira e deficiência múltipla. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará, v. 5, 2010. GIACOMINI, L.; SARTORETTO, M. L.; BERSCH, R. C. R. SARTORETTO, M. L.; BERSCH, R. C. R. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: recursos pedagógicos acessíveis e comunicação aumentativa e alternativa. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará, v. 6, 2010. GIACOMINI, L.; SARTORETTO, M. L.; BERSCH, R. C. R. Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: Orientação e mobilidade, adequação postural e acessibilidade espacial. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará, v. 7, 2010. MAIA, S. R. Programas de intervenção na deficiência múltipla sensorial, Cap. 21, Parte VIII Inclusão escolar e deficiência múltipla. In: MENDES, E. G. & ALMEIDA, M. A. (org.). Das margens ao centro: perspectivas para as políticas e práticas educacionais no contexto da educação especial inclusiva. Araraquara, SP: Junqueira&Marin, 2010 (p. 259 – p.267). MAIA, S. R.; GIACOMINI, S. R. M. & ARÁOZ, S. M. M. Desenvolvimento da aprendizagem em crianças com deficiência múltipla sensorial. In: COSTA, Maria da Piedade Resende da (org.). Múltipla deficiência: Pesquisa & Intervenção. São Carlos: Pedro & João Editores, 2009 (p. 49 - 64). MESQUITA, S. R. H. Deficiência múltipla: uma intervenção pedagógica alternativa, Cap 22, Parte VIII Inclusão escolar e deficiência múltipla. In: MENDES, E. G. & ALMEIDA, M. A. (org.) Das margens ao centro: perspectivas para as políticas e práticas educacionais no contexto da educação especial inclusiva. Araraquara, SP: Junqueira&Marin, 2010 (p. 269 - p. 275). TEIXEIRA, E.; NAGLIATE, P. de C. Deficiência múltipla: conceito. In: COSTA, M. da P. R. da (org). Múltipla deficiência: Pesquisa & intervenção. São Carlos: Pedro & João Editores, 2009, (p. 13 - p. 26). DENARI, F. E. Dos mitos aos fatos: um olhar para a múltipla deficiência. In: COSTA, M. da P. R. da (org). Múltipla deficiência: Pesquisa & intervenção. São Carlos: Pedro & João Editores, 2009, (p. 7 – p. 12). VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo. Martins Fontes, 1989. Instituto Municipal Helena Antipoff Rua Mata Machado, nº 15 Maracanã – Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20.271-260 Telefone: (21) 2234-7962 (Apoio à Direção) e (21) 2234-9914 (Equipes) Correio Eletrônico smeiha@rioeduca.net: Texto “O trabalho pedagógico com alunos com deficiência múltipla: investigação, descoberta e ação pedagógica” foi redigido por Ana Paula Alves Silva, Cláudia Alexandra Góes de Araújo, Cristiane Correia Taveira, Fatima Fernandes de Medeiros, Janaina Larrate, Sônia Cristina Gouvea, Vânia Frascesca Oliva e Kátia Cristina Vieira Nunes da Silva. Revisão de texto de Anna Paulla Teixeira. Imagens do Acervo de fotos do Laboratório de Tecnologia Assistiva do IHA e de Sala de Recursos de Claudia Alexandra Góes de Araújo. Parecer final do texto da Diretora do IHA, Professora Kátia Nunes, finalizado em 30 de abril de 2011. Um ano de criação do site IHA Informa. Publicação no site IHA Informa em 08.12.2011.
33. http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação ANEXO I AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA Aluno(a):_______________________________________________________ Data de nascimento: _______ / _______ / ________ Escola: (______.______.______) ______________________________________________________________________ CRE: _________ Grupamento:___________________________________________________________________ Turno:__________________________ Tipo de deficiência que apresenta:______________________________________________________________________________ Professor(a): ______________________________________________________________________________________________________ Professor(a)Itinerante:_____________________________________________ e-mail:_____________________________________ Professor(a) de Sala de Recursos: _________________________________ e-mail:_____________________________________ Data: _______ / _______ / ________ Motivo da Solicitação (Por que você está encaminhando esse aluno para o IHA)? ______________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________ 1. Como o aluno interage em sala de aula com colegas e professores? ( )fala sem dificuldades ( )fala com alguma dificuldade  palavras  frases ( )emite sons ( )usa prancha de comunicação alternativa ( )apresenta sim e não ( )faz gestos . Especifique: ______________________________________________ ( )aponta  com a cabeça  com a mão  com o pé  com recurso Qual ?_____________________________ ( ) dirige o olhar 2. Em relação ao tipo de escrita utilizada pelo aluno: ( ) escreve  com autonomia  com plano inclinado  com órteses de apoio à escrita Qual?________________ ( ) não escreve, mas faz movimentos de ligar ou marcar  sem apoio de órteses  com apoio de órteses ( )não escreve, mas movimenta letras móveis  letras de papel  letras de madeira  letras com velcro  letras imantadas  não escreve  Material elaborado pelas professoras Hilda Gomes, Lourdes Capano, Janaína Larrate e Maristela Siqueira. Equipe da Oficina Vivencial de Ajudas Técnicas / 2008.
34. http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação 3. Outros recursos de escrita: ( ) computador  em casa  na escola  com adaptação  sem adaptação ( ) máquina elétrica  em casa  na escola ( ) outros ________________________________________ 4. Em relação ao processo de leitura e escrita, o aluno(a): ( ) está alfabetizado ( ) está em processo de alfabetização Qual o método utilizado?________________________ 5. Em relação ao processo de construção da escrita, o aluno(a): ( ) faz pareamento do nome a partir de um modelo. ( ) diferencia desenho de letra ( ) diferencia número de letra ( ) usa letras aleatórias para escrever palavras. Exemplo: PDERO para MENINO ( ) compreende a escrita como representação da fala, mas pensa que a letra representa uma sílaba ou grupo de sílabas, sem valor sonoro. Exemplo: MAB para MENINO ( ) compreende a escrita como representação da fala, mas pensa que a letra representa uma sílaba ou grupo de sílabas, com valor sonoro. Exemplo: MIO para MENINO CDA para CADEIRA ( ) escreve palavras simples, utilizando todas ou quase todas as letras necessárias. Exemplo: MNINO para MENINO CADERA para CADEIRA ( ) escreve frases e /ou pequenos textos.
35. http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação 6. Em relação ao processo de leitura, o aluno(a): ( ) Reconhece o nome sem apoio de foto ou objeto. ( ) Reconhece o nome com apoio de foto ou objeto. ( ) Reconhece rótulos e embalagens de produtos conhecidos. ( ) Reconhece as letras do alfabeto  vogais  consoantes. ( ) Lê palavras simples sem apoio visual. ( ) Lê palavras simples indicando a resposta em um conjunto de três figuras. ( ) Lê frases . ( ) Lê frases indicando a resposta em figuras que representem três cenas. ( ) Lê textos simples (letras em maiúsculas). ( ) Lê textos simples (letras em maiúsculas e minúsculas). ( ) Lê e compreende (interpreta) textos simples. ( ) Lê e compreende (interpreta) textos adequados à série. 7. Em relação ao conhecimento matemático, o aluno(a): ( )Identifica números. ( )Reconhece a função do número (hora, preço, telefones,...) ( )Reconhece numeral Até quanto? _________________________________________ ( )Relaciona numeral à quantidade. Até quanto?____________________________ ( )Faz contagem sem apoio de material concreto. ( )Faz contagem com apoio de material concreto. ( )Realiza adição simples.  Com unidades  Com dezenas  Com centenas ( )Realiza subtração simples.  Com unidades  Com dezenas  Com centenas ( )Soluciona situações-problema que envolvem adição simples. ( )Soluciona situações-problema que envolvem subtração simples. Observações: ______________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________
36. http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação ANEXO II AVALIAÇÃO PARA USO DO COMPUTADOR Aluno(a):_______________________________________________________ Data de nascimento: _______ / _______ / ________ Escola: (______.______.______) ______________________________________________________________________ CRE: _________ Grupamento:___________________________________________________________________ Turno:__________________________ Tipo de deficiência que apresenta:______________________________________________________________________________ Professor(a): ______________________________________________________________________________________________________ Professor(a)Itinerante:_____________________________________________ e-mail:_____________________________________ Professor(a) de Sala de Recursos: _________________________________ e-mail:_____________________________________ Data: _______ / _______ / ________ 1. Na sua opinião o aluno usaria o computador com qual objetivo? ______________________________________________________________________________________________________________________ 2. O aluno tem computador: ( ) na escola ( ) em casa ( ) tem possibilidade de ganhar 3. Na escola o computador está: ( ) sala de aula ( ) sala de recursos ( ) laboratório de informática ( ) outro lugar ___________________________ 4. O aluno está: ( ) na educação infantil ( ) em processo de alfabetização ( ) alfabetizado 5. Em relação às habilidades para escrita, o aluno: ( ) escreve sem adaptação ( ) escreve com adaptação ( ) escreve com letra manuscrita ( ) marca uma opção ( ) organiza letras móveis com autonomia para formar palavras  Material elaborado pelas professoras Hilda Gomes, Lourdes Capano, Janaína Larrate e Maristela Siqueira Equipe da Oficina Vivencial de Ajudas Técnicas / 2008
37. http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação 6. Quanto ao computador a ser usado, informe: (IMPORTANTE! Caso não saiba alguma resposta, por favor peça ajuda!) a) O computador é: ( ) novo ( ) antigo b) O sistema operacional é ( ) Windows 95 ( ) Windows 98 ( ) Windows 2000 ( ) Windows XP ( ) Windows Vista ( ) Windows 7 ( ) Linux c) O computador tem instalado ( ) Word ( ) Power Point ( ) Paint ( ) Programa Especial, qual? __________________________________________________________ d) O computador permite usar ( ) disquete ( ) CD ( ) DVD ( ) microfone ( ) caixa de som ( ) porta USB 7. Características físicas do(a) aluno(a) a) Diagnóstico: ____________________________________________________________________________________________________ b) Assinale as características motoras do seu aluno: ( ) boa coordenação motora ( ) movimentos involuntários ( ) é capaz de empurrar objetos para frente, para trás e para os lados. ( ) não é capaz de empurrar objetos para frente, para trás. ( ) é capaz de apontar figuras ou letras com ( ) dedo indicador ( ) mão ( ) pé ( ) outra parte do corpo ___________________ ( ) auxílio do recurso ______________________ ( ) não é capaz de apontar figuras ou letras
38. http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação 8. Características visuais do(a) aluno(a): a) condição visual ( ) visão normal ( ) baixa visão ( ) cego b) usa óculos? ( ) não ( ) sim Qual grau? _____________________________________ c) apresenta limitações no campo visual? ( ) não ( ) não observado ( ) sim Qual? _________________________________ d) necessita de contraste? ( ) não ( ) não observado ( ) sim Qual? __________________________________ e) usa tamanho de letra ampliado? ( ) não ( ) não observado ( ) sim Qual? __________________________________ f) já fez alguma avaliação visual? ( ) não ( ) sim Com quem?______________________________________________________ Qual o diagnóstico? ____________________________________________ g) Você já fez alguma tentativa com seu aluno no computador? ( ) não ( ) sim 9. Quais as dificuldades encontradas? ___________________________________________________________________________
39. http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação ANEXO III AVALIAÇÃO COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AMPLIADA (CAA)  Aluno(a):_______________________________________________________ Data de nascimento: _______ / _______ / ________ Escola: (______.______.______) ______________________________________________________________________ CRE: _________ Grupamento:___________________________________________________________________ Turno:__________________________ Tipo de deficiência que apresenta:______________________________________________________________________________ Professor(a): ______________________________________________________________________________________________________ Professor(a)Itinerante:_____________________________________________ e-mail:_____________________________________ Professor(a) de Sala de Recursos: _________________________________ e-mail:_____________________________________ Data: _______ / _______ / ________ 1. Códigos comunicativos usados pelo aluno: ( ) fala algumas palavras de maneira compreensível ( ) emite sons ( ) gesticula . Exemplifique: _____________________________________________________________________________________ ( ) chora ( ) faz expressões faciais ( ) pisca ( ) olha para o que deseja ( ) sinaliza o sim com a cabeça ( ) sinaliza o não com a cabeça ( ) utiliza prancha de comunicação Tipo:  figuras  desenhos  letras  números  fotografias  símbolos do PCS  outros símbolos Quantos símbolos?__________ Quantas páginas? ___________ ( ) utiliza comunicador. Qual?___________________________________________________________________________ ( ) outros ________________________________________________________________________________________________ ( ) ainda não consigo perceber as formas de comunicação usadas por meu aluno. 2. Compreensão do aluno em situações do cotidiano: ( ) atende quando é chamado pelo nome. ( ) reage diante de situações engraçadas. ( ) demonstra interesse nas brincadeiras/atividades realizadas próximas à ele. ( ) demonstra prazer em ficar próximo dos amigos. ( ) demonstra insatisfação quando está incomodado. ( ) tenta se comunicar.  Material elaborado pelas professoras Hilda Gomes, Lourdes Capano, Janaína Larrate e Maristela Siqueira Equipe da Oficina Vivencial de Ajudas Técnicas / 2008
40. http://ihainforma.wordpress.com PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação Subsecretaria de Ensino :: Coordenadoria de Educação 3. Postura frente à comunicação: ( ) demonstra interesse em se comunicar. ( ) não demonstra interesse. ( ) tenta iniciar ou inicia o ato comunicativo. ( ) reage à intervenção do interlocutor. Como? _______________________________________________________________ ( ) usa a comunicação de modo funcional. ( ) realiza escolhas. Como?______________________________________________________________________________________ ( ) interage com os colegas. ( ) persiste na comunicação quando não é compreendido. ( ) sinaliza quando não compreende o interlocutor. Como?__________________________________________________ 4. Problemas associados: ( ) visuais . Especifique:_________________________________________________________________ ( ) auditivos. Especifique: ______________________________________________________________ ( ) motor. Especifique: __________________________________________________________________ ( ) cognitivos 5. Compreensão simbólica: ( ) identifica objetos. ( ) identifica fotografias. ( ) identifica desenhos e figuras. ( ) identifica símbolos. Tipo: ____________________________________________________________________________________ ( ) identifica letras. ( ) identifica números ( ) lê palavras ( ) lê frases. 6. Modos de seleção: ( ) expressa o sim através de ________________________________________________________ ( ) expressa o não através de ________________________________________________________ ( ) olha para o que deseja. ( ) leva sua mão até a opção desejada respeitando a quantidade máxima de _______ opções. ( ) aponta para o que deseja. Indique a parte do corpo usada para apontar:________________ ( ) o parceiro de comunicação aponta as opções e o aluno sinaliza com sim e não ( sistema de varredura). ( ) o parceiro de comunicação faz perguntas e o aluno responde sim e não. 7. Observações:

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